Por Marcelo Pereira Era uma vez uma nação De tamanho grande, imensa Com igualmente grande população De tamanho maior do que se pensa Grande em tamanho, pequeno em prestígio Nunca próspero em economia Povo diversificado em silencioso litígio No mundo nunca alcançou a autonomia O povo, coitado, nunca foi bem educado Desestimulado a desenvolver a sua intelectualidade Mas nas futilidades sempre se mostrou deslumbrado Iludido com pomposos supérfluos, é verdade Deslumbrada comum mero lazer Imposto pela coletividade como falso consenso Há a desculpa de que isso traz prazer Mas na verdade ameaça o bom senso Sem motivos reais para se alegrar Aprisionam todos em uma fútil ilusão Ver um amarelado e sua bola a rolar Fugir da realidade que é pura tensão Ainda emersos em doce puerilidade Damos importância a uma brincadeira O futebol, para nós é uma prioridade As coisas sérias, para nós, são tudo besteira Mas triste é ver um povo que pensa desta maneira Ignorar a realidade em troca de uma futilidade