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Mostrando postagens de junho, 2018

Era uma vez uma nação

Por Marcelo Pereira Era uma vez uma nação De tamanho grande, imensa Com igualmente grande população De tamanho maior do que se pensa Grande em tamanho, pequeno em prestígio Nunca próspero em economia Povo diversificado em silencioso litígio No mundo nunca alcançou a autonomia O povo, coitado, nunca foi bem educado Desestimulado a desenvolver a sua intelectualidade Mas nas futilidades sempre se mostrou deslumbrado Iludido com pomposos supérfluos, é verdade Deslumbrada comum mero lazer Imposto pela coletividade como falso consenso Há a desculpa de que isso traz prazer Mas na verdade ameaça o bom senso Sem motivos reais para se alegrar Aprisionam todos em uma fútil ilusão Ver um amarelado e sua bola a rolar Fugir da realidade que é pura tensão Ainda emersos em doce puerilidade Damos importância a uma brincadeira O futebol, para nós é uma prioridade As coisas sérias, para nós, são tudo besteira Mas triste é ver um povo que pensa desta maneira Ignorar a realidade em troca de uma futilidade

As Gincanas do Colégio Brasil

Por Marcelo Pereira Havia na cidade um colégio chamado Brasil. Era um colégio grande, mas simples e um tanto precário. Faltava até giz para escrever no quadro negro. Ás vezes dias ficavam sem aulas, seja por falta de condições, seja por protesto de professores quanto a situação do colégio.  Professores eram ruins e mal remunerados. As carteiras, sempre com algum rachadura ou parte quebrada. O espaço destinado a colocar os livros nas carteiras eram habitados por insetos nem sempre agradáveis. Havia presença de aranhas venenosas. Felizmente ninguém foi picado por estas até o momento. Mas o incômodo com a presença dos insetos era real e atrapalhava o aprendizado. Faltava água e luz com frequência. Uma vez a porta de uma sala emperrou no final de uma aula e para os alunos saírem, tiveram que quebrar a porta. Havia muitas carteiras abandonadas por falta de uso, por estarem danificadas pela má conservação. O diretor, desanimado com a falta de recursos, demonstrava um comportamento que foi en

De repente o golpe acabou e a democracia se instalou...

Por Marcelo Pereira A copa é realmente uma coisa mágica. De repente o Brasil vira um paraíso, com prosperidade, igualdade social e muita justiça. De uma hora para outra deixamos de ter inimigos, todo mundo é gente boa e somos todos felizes. Finalmente o golpe acabou e instauramos uma democracia socialista no Brasil. Um verdadeiro paraíso. Durante a copa, não há mais direitistas, nem corruptos. Somos todos prósperos e subitamente os ricos ficam com imensa vontade de pegar um helicóptero e jogar uma chuva de dinheiro para toda a população. Passamos a ter simpatia por todos que se encaixam na categoria de "seres humanos". Tudo fica lindo durante a copa. Passamos a nos dar as mãos, principalmente as mãos dos que normalmente costumamos xingar e agredir, seja verbalmente, seja fisicamente. Do nada, inimigos tradicionais passam a ser bonzinhos. Até mesmo aquele locutor chato, que a mídia insiste em escalar para os jogos mais importantes, passa a ser tão agradável quanto um rouxinol

A Prova

Por Marcelo Pereira Aqui estou diante de uma prova. Nem sei se estou preparado para ela. Prova. Humm, será que conseguirei lembrar do conteúdo?  Este nervosismo em relação à prova me agonia. Sim, eu estudei. Como eu estudei! Mas se tudo se apagar? Se eu esquecer tudo?  Ah, eis a prova! Vamos ler as perguntas. Não sei, não sei, não sei... Ah, essa eu sei. Outra? Estou em dúvida! Essa eu chuto!  Lidas as questões... Bom vamos começar a fazer. Letra A, letra E, letra B, letra C, letra...  Bom. Marquei tudo. Vamos ver se acertei. É, gabarito conferido. Deu para passar. Não acertei tudo, mas consegui o suficiente para passar.  Legal. Muito bom! Como a calma se instala de forma prazerosa após um momento de tensão...