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Mostrando postagens de 2010

A morte de uma paixão

Não recomendo a ninguém se apaixonar. Eu falei apaixonar , não sobre a atração física que a maioria das pessoas sente e que denomina usando a nobre palavra "amor". Estar apaixonado quase sempre é esperar mais do objeto dessa paixão. O ser humano ainda não está preparado para a vida "a dois". Falta a verdadeira maturidade. Quase todos casam por modismo, para se sentirem incluídos na sociedade, já que algum infeliz inventou que só se pode ser feliz tendo alguém do lado para encher o saco. Mas pelo cotidiano se percebe que era melhor a maioria das pessoas nunca ter casado. Visitei o perfil do Orkut de minha amada, a "Mistress A" anteontem. Eu me decepcionei. Pra começar com a foto, quase irreconhecível, dando a entender que ela fez uma plástica no nariz. Ela mexeu no que nunca deveria ser mexido, pois ela era perfeita como eu a conheci. Parece que ela estava mudando de identidade, como se estivesse fugindo de alguém. Pode até ser. O perfil dela

Crise da meia-idade: Tá chegando! Tá chegando! Chegou!

Por Marcelo Pereira Quem sabe calcular datas sabe muito bem que os nascidos no início da década de 70 já estão se aproximando dos 40 anos, começo da meia-idade, fase da vida em que o organismo começa a decair para se preparar para a velhice e depois para o falecimento. Para quem está com a vida estabilizada, essa crise é apenas uma frescura, um chilique. É só usar a graninha do emprego para pagar um bom hospital que a decadência física se resolve. E quem chega á meia-idade sem nada estabilizado, como fica? Tudo bem, eu amadureci tarde. Para falar a verdade adiei sem querer a adolescência. Não sei o exato motivo, pois eu tenho a minha mente 100% sã. Desatenção? Autismo? Vontade de perpetuar a juventude? Não sei. Só sei que quis ser criança quando todos fodiam com suas namoradas pela primeira vez. Alonguei a minha infância e hoje estou preso em uma pós-adolescência forçada. Pago o preço caro cobrado pela rígida burocracia de uma teimosa e irredutível sociedade capitalista/

Hoje, o maior amor de minha vida completa 40 anos

Por Marcelo Pereira Ih, hoje é o aniversário de 40 anos da minha maior paixão! Que data importante! Afinal são 4 décadas de vida. O que vou escrever para celebrar essa data tão linda? Pensei em escrever algo bem romântico. Mas ela é comprometida! Não pude conquistá-la quando ela estava ao meu alcance (eu era muito bobo) e quando eu fui me exilar em Salvador, um sortudo passou a perna e tirou-a de meu caminho. Ao voltar, acabei reencontrando-a, só que casada. Muito bem casada. Bah! Apareceu a ideia de escrever um poema. Mas meus poemas são tão ruins que iria ser até uma ofensa, oferecer algo cretino e mal escrito para alguém que tanto amo. Compor uma música? Nem pensar! Se já não consigo escrever um poema decente, imagine uma música! Tomatada na cara, na certa. Escrever um relatório? Qualé! Isso é muito formal! Não combina como mensagem de amor. E se eu criasse um roteiro para uma historinha? Hmmm, não ia dar certo... Deixa pra lá. De qualquer modo, hoje é o aniversário de qu

Acabou a liquidação!!!

Por Marcelo Pereira Numa quitanda situada em um lugar ignorado, chego para comprar tomates. Ao chegar, só aparecem tomates podres. Saí sem levar nada. No dia seguinte, voltei, na mesma quitanda e só tinha tomates podres. Perguntei ao dono e ele me disse os tomates bons tinham sido vendidos e que chegaria outra remessa no dia seguinte. Saí novamente sem levar nada. Cheguei mais cedo na quitanda e encontrei um tumulto. Todos se estapeando por causa dos tomates. Quando consegui chegar perto do balaio, sobraram apenas os podres. Saí sem levar nada. No dia segunte, cheguei mais cedo ainda. Só os podres do dia anterior. O dono disse que a remessa já estava chegando. Ao chegar o carregamento, uma multidão alvoroçada avança sobre o balaio com violência e no final, quando eu consegui me aproximar do balaio, sobraram apenas os tomates podres. Mãos vazias novamente. E assim vem se repetindo até hoje. E nada dos tomates bons. ----------------------------------------------

Se o irmão de Elvis não tivesse morrido

 Por Marcelo Pereira Resolvi comemorar o aniversário de 75 anos de Elvis Presley de maneira bem diferente: com uma crônica. Imaginei uma carta escrita hoje pelo irmão gêmeo que morreu durante o parto, Jesse Garon, se ele não tivesse morrido e observando o que aconteceu com o irmão famoso. Escrevi me imaginando na pele de Jesse. Leiam, é bem interessante. Os 75 anos de meu irmão Elvis Por Jesse Garon Presley Triste passar o aniversário desta maneira. Eu aqui, completando meus 75 anos e todo mundo falando do meu irmão, morto há quase 33 anos. Realmente eu não sabia que tudo iria acabar assim quendo ele resolveu gravar um disquinho para homenagear nossa mãe. Eu vivia dizendo: "Rapaz, isso é ridículo, não vai dar em nada!" Mas não é que deu? O cara da gravadora adorou a voz dele, que cá para nós, era muito melhor que a minha. E lá se foi nossa privacidade. Quis do destino que ele fosse o rei dos reis, ou pelo menos tratado como tal. E era Elvis pra lá, e