Por Marcelo Pereira Há exatos 19 anos atrás, era apresentado o resultado de um desafio. Zeus, deus dos deuses, acostumado a criar coisas perfeitas que vemos na natureza, foi desafiado por não sei quem a criar a criatura perfeita. Perfeita como nunca tinha criado antes. Zeus, ciente de seu poder, aceitou o desafio e pôs a mão na massa. Zeus decidiu criar de maneira diferente de todos os seres. Decidiu que a criatura seria como um poema. Na verdade seria a versão em ser humano de um poema. Ao invés de planejar como sempre planejou as criações das outras pessoas, pensou em fazer um poema. Se recolheu em um vale e esperou a inspiração. Entrou em um transe relaxante e soltou aos poucos um ectoplasma que foi gradativamente se solidificando, mas no mesmo ritmo em que são criados os poemas. A cada verso, uma parte do corpo da criatura ia sendo criada. Nas rimas, a combinação dos traços perfeitos. A cada verso escrito, Zeus soltava um suspiro. Seria a sua mais fabulosa criação. Não era bom rec