Por Marcelo Pereira Tibúrcio odiava o Natal. Achava uma tolice toda a mitologia em torno do evento e detestava principalmente o Papai Noel. Achava ridículo um velho gordo (nas palavras de Tibúrcio) estar usando uma roupa calorenta em pleno verão brasileiro. Do Natal só gostava da ceia, já que era a oportunidade de comer pratos diferentes dos comidos no resto do ano. Durante o amigo oculto (ou secreto , para os baianos), ocorrido no início do mês, a repartição onde Tibúrcio trabalhava, sorteou um dos funcionários para que fizesse o papel do Papai Noel numa das filiais da empresa. E sabe quem foi sorteado? Ninguém além de Tibúrcio. Claro que Tibúrcio detestou. Mas o seu chefe disse que o sorteio era crucial e quem fosse o escolhido não poderia recusar a função. Mesmo contrariado, lá foi Tibúrcio "carregar a sua cruz". De início, Tibúrcio demonstrava mau jeito no trato de sua função. Mas aos poucos foi sendo seduzido, não pela magia do Natal, que ele não acreditava, mas pelo ca