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Mostrando postagens de maio, 2019

Minifestação

Por Marcelo Pereira Átila Rápio, ativista conservador em prol da ganância capitalista, ao perceber o fracasso do sua manifestação, que atraiu apenas uma pequena parcela de sádicos em defesa da destruição dos direitos da maioria da população, escreveu um manifesto (ou minifesto?) sobre o ocorrido, lido aos berros em um tom bastante raivoso.  Eis a nefasta mensagem. A saber: "Meus caros correligionários. Eu vos saúdo! Infelizmente, nossa grande revolução foi violada pela ausência maciça de apoiadores. Empenhamos muito nas redes sociais para atrair apoio para nosso projeto de proteção á ganância capitalista. Esperávamos multidões de pessoas a condenar essa balbúrdia de querer ajudar os pobres. vergonha! Não entendem todos que os ricos são vencedores na uta pela sobrevivência e por isso tem o direito pétreo de ter mais e ser melhores do que os outros? Se quiser direitos, se virem para ter! Aí, veio um sindicalistinha de merda para sequestrar o poder e deu tudo para os pobres! Humilhaç

Roteiro de Vida

Por Marcelo Pereira Você nasce. Chora o tempo todo. Nada está bom para você. Perdeu o conforto do ventre materno e tem um mundo diante de você para encarar.  Você cresce. Corre feito doido para lá e pra cá. Tem que estudar. Você vai a escola. Lá você saberá o que é fazer o que não se gosta: os tais "deveres de casa". Há muita gente ao seu redor, quase todos de seu tamanho. Você brinca com uns enquanto despreza outros. Adolescência. Finalmente chega aquilo que a maioria das pessoas considera a melhor fase da vida. Você, que não é mais pueril, mas ainda não está amadurecido, quer brincar de ser adulto. Enche a cara com tudo que encontra pela frente. Sexo. Você quer sexo. Nesta época que você terá as meninas abrindo as pernas para você. Finalmente maioridade. Você terá que ter um emprego. Cansativo e mal remunerado. Mas é o que você terá. Nos sábados à noite você irá as boates da moda para dançar e se embriagar ao som daquelas músicas chatas que tocam no rádio. Provavelmente em

Eu preciso ir

Por Marcelo Pereira Eu preciso ir Eu tenho que ir Está mais na hora De ir embora Para outro lugar Eu preciso ir tenho que partir Tudo acabou A paciência se esgotou Não posso ficar Eu preciso ir Eu quero realmente ir Chances não voltam Coisas do passado não retornam Nada posso recuperar Terei que partir Tenho mesmo que ir Vim aqui recuperar o passado Mas nada de ontem foi achado Neste lugar Vou ter que ir Vou mesmo partir Voltarei para onde eu era feliz A decisão é minha, sou eu mesmo quem diz Que quer sair deste lugar Vou sair daqui Eu tenho mesmo que partir Não quero mais ficar Nada aqui tenho a ganhar Para ser feliz, terei que mudar Vou partir Vou mesmo partir Adeus para a tristeza, para a solidão Vim aqui pela falta de prevenção Adeus, vou sair para a felicidade buscar...

Futebol: Diversão sim, Orgulho, não!

Por Marcelo Pereira Estamos acostumados a tratar o futebol não como lazer, mas como nosso maior dever. No Brasil, o futebol virou nosso maior motivo de confraternização das pessoas. Povo diverso, imenso, possivelmente contraditório: as regras sociais tinham que encontrar um meio de fazer com que as pessoas tivessem um ponto de concordância.  A mídia bateu o martelo: escolhemos o futebol como o ponto de concordância entre os brasileiros. Brasileiros de diversas raças, credos, gostos, orientação sexual, política ou o que quer que fosse: todos teriam que gostar de futebol. Seja lá como você for, sendo brasileiro, teria que gostar de futebol. Crianças são educadas desta forma: brasileiros têm que gostar de futebol. Futebol é o nosso orgulho, a nossa identidade. Recusar o futebol é recusar o Brasil. Recusar o futebol é declarar um ódio enrustido à humanidade brasileira. Crescemos ajoelhados diante do futebol. Assim aprendemos a ser. Assim morreremos, com a bandeira de um time em cima de nos