Por Marcelo Pereira
Pássaros. Estava eu pensando sobre aquele filme do Hitchcock. Um filme de terror em que pássaros voam em verdadeiras "nuvens" a destruir tudo - e todos - que encontram pela frente. Digo isso porque me lembrei que o golpe de 2016 este sob a simbologia das aves. Pássaros. Hitchcock, que tinha sobrenome de ave, deveria ressuscitar ao Brasil e lembrar de sua própria obra.
Os próprios pseudo-protestos nasceram sob a citada simbologia. Pessoas vestidas da "seleção canarinho" louvando um pato amarelo sob as secretas ordens da águia americana. Tudo para expulsar da presidência uma representante do povo que poderia ser metaforizado pela expulsão da galinha que comandava o galinheiro. Encanaram que águias famintas pudessem controlar o galinheiro. Pobres galinhas.
O país que estaria prestes a dar seu voo bem alto foi literalmente atingido ainda em pleno voo. As águias americanas, gananciosas rapineiras, agiram bem rápido e o resultado vemos agora. Não é preciso ser coruja para entender a revoada de urubus e pombos a sujar o país em busca de sua comida, a mando das cada vez mais perversas águias, que pela astúcia, parecem ter não apenas uma ou dias cabeças, mas muitas. Inúmeras. Quimeras e Bichos de Sete Cabeças certamente seriam devoradas pelas famintas águias.
Pássaros. Interessante que o partido que encomendou o golpe seja simbolizado por uma ave, o tucano. Um tucano com mentalidade de águia, mas sórdido feito um urubu. Tucano que fez a população brasileira ficar com vergonha de si. Tucanos que seguem a voar livres, longe das ameaças de engaiolamento, apesar das evidências que sugerem a sua rapinagem.
Mais curioso é que não apenas o presidente encarregado de fazer o trabalho sujo é ilegítimo como é uma "ave" ilegítima. Se perece com um morcego, que todos sabem ser um mamífero que age como ave. Um mamífero que voa alto para pegar suas presar e sugar o sangue delas. E um ano após o golpe, o morcego, pseudo-ave e pseudo-estadista continua a sugar mais sangue. E ele quer mais.
Deixamos de ser os pavões dos governos progressistas. Hoje brasileiros agem como avestruzes medrosos, enterrando a cabeça na terra árida. O bondoso gestor com nome de molusco foi injustamente criminalizado, acusado de ser uma jararaca. O molusco não pode usar a sua notável sabedoria para derrotar a nuvem de pássaros a arruinar nossa nação.
Seguimos hoje dominados pela rapinagem de aves ferozes, tal e qual como acontece no famoso filme de Hitchcock. Resta saber se após o ataque das famintas aves ainda teremos alguma coisa em nosso país. Pelo jeito os avestruz não tirarão sua cabeça enterradas da terra árida. Não seremos mais os alegres papagaios a falar sobre as coisas lindas que tivemos nesta destruída nação.
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