Por Marcelo Pereira
14 de março de 1983. Após uma semana de aula, uma nova aluna se apresenta a turma. Era uma morena linda, de traços semi-exóticos e com uma postura que lembra muito a da atriz desta foto, Audrey Hepburn, que considero a mulher mais linda de todos os tempos.
14 de março de 1983. Após uma semana de aula, uma nova aluna se apresenta a turma. Era uma morena linda, de traços semi-exóticos e com uma postura que lembra muito a da atriz desta foto, Audrey Hepburn, que considero a mulher mais linda de todos os tempos.
Lembro vagamente de nossa primeira conversa. Era algo sobre história e arqueologia. Ela parecia animada. Sorria lindamente. Ainda não tinha me apaixonado na ocasião. mas isso não demorou muito para acontecer.
Escrevo esta postagem para comemorar os 30 anos de ter conhecido a maior paixão da minha vida. Coincidentemente, eu a vi, há exatamente uma semana atrás a mesma andando de bicicleta há alguns quarteirões de distância de onde eu moro. Quarentona, ela continua linda e ainda mais sedutora. Ela não me viu.
Infelizmente, ela está casada e não quis - sabe se lá porquê - retomar contato comigo, me recusando nas redes sociais ( alista de amigos dela é bem reduzida, com características de "feudo", apenas com os que ela já se entrosa - parece que ela não gosta de fazer novos amigos). A melhor amiga dela dos tempos de adolescência, que retomou contato comigo, aparentemente rompeu com a então amiga, o que leva a suspeita de que existe um motivo para isso. Se ela rompeu com a melhor amiga, alguma coisa deve ter.
Mas não importa. Paixão é paixão e quando é verdadeira é difícil de curar. Tento esquecê-la, mas aí ela reaparece e a chama reascende. Chato, mas as coisas funcionam dessa maneira.
Para quem não sabe, essa paixão sempre foi platônica, pois nunca consegui conquistá-la. O que aumenta a tristeza - embora a maioria das pessoas só considere uma paixão sincera quando ela é resultante de um relacionamento. O fato de não a ter conquistado evita a comoção alheia a respeito, pois não se parece com nada que as novelas e filmes mostram (ô povinho submisso à mídia, sô!)
Hoje é dia de relembrar os 30 anos que conheci a minha maior paixão. Não sei se comemoro com alegria ou com tristeza. Talvez com um misto dos dois. Mas sem raiva. O que aconteceu com a vida dela foi por decisão exclusiva dela.
Resta dizer que foi um gigantesco prazer por tê-la conhecido. Põe prazer nisso. E com muita dor junto.
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