Por Marcelo Pereira
Juiz Desembargador número 1:
Juiz Desembargador número 1:
- Eu declaro meu voto pela condenação do Réu porque eu tenho medo dele. Ele é pavoroso! Tem uma voz horrenda e lembra muito o homem do saco que me assombrava na infância e tenho muito medo dele. Se ele reagir, com a sua patota de zumbis, vou contar para a mamãe, que sabe muito bem o que fazer com ele.
Juiz Desembargador número 2:
- Eu voto pela condenação do réu porque ele é muito feio. Feio que dói. Como me incomodo com a sua aparência repugnante, longe do galanteio de homens lindos e atraentes que habitam este recinto, muito bem protegido por valentes soldados da pátria. É melhor que este monstrengo horroroso apodreça na prisão para que não tenhamos o desprazer de ver uma figura tão tétrica na nossa frente.
Juiz Desembargador número 3:
- Eu decido pela condenação do réu porque ele é bobo e tem cara de melão. É um bestalhão e não diz coisa com coisa como aquela asneira de "luta de classes" que ainda não consigo entender. Luta de classes? Aqui não é UFC e nossa classe vive na santa paz. Este bobalhão merece estar atrás das grades para não ficar falando sandices como "melhorar a vida do povo pobre" e "transformar Brasil em uma potência". Coisas que para mim soam coisa de gente muito boba e infantil.
Com isso, o réu é condenado, preso e por causa disso, o Brasil vai a falência e entra em pleno caos. Enquanto isso os três desembargadores voltam para as suas mansões brincar de pique-esconde, bola de gude e amarelinha, bem longe da tragédia causada pelo fogo que eles ajudaram a colocar no país.
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