Por Marcelo Pereira
Vivo nesse dilema,
Num imenso problema,
Que parece não ter fim.
É que eu não sou procurado.
E não sou desejado.
Nenhuma dama está a fim.
Estes malditos conceitos,
Cheios de preconceito,
Que a sociedade adotou.
Rido, forte, extrovertido,
Critérios para ser querido,
Condições em que eu não estou.
Hoje, o "amor" é rigoroso,
egoísta e ganancioso,
Como assim, não deveria.
Os apaixonados estão solitários,
Neste mundo de otários,
Em perfeita monotonia.
Espero um dia uma amada,
Com o coração de uma fada,
Que me aceite como eu sou.
Baixo, fraco e reservado.
Assim serei eu amado.
E direi "quão feliz eu sou.
(Escrito em 31/03/1994 numa terça, às 21h 18min em casa no bairro do Resgate, Salvador/BA)
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