Por Marcelo Pereira
Eu cresci acreditando que o século XXI seria de grandes transformações humanitárias. Talvez influenciado e iludido pelos filmes e seriados de ficção científica que sempre gostei de assistir. Até que me vem o golpe de 2016 me arrancar da fantasia e me devolver à realidade de que não evoluímos em nada. Continuamos os mesmos trogloditas medievais.
Enganado por uma seita religiosa que me fez acreditar no fim da barbárie humana, eis que ela se apresenta diante de mim, firme, forte e muito mais do que viva. Tá, esta barbárie se tornou um morto-vivo fétido e esclerosado. Mas se mantem de pé, forte e capaz de eliminar de seu caminho todos que a contestam.
Nunca fomos tão odiosos quanto nos últimos anos. Nem mesmo a religiosidade, um fracasso de mais de 2000 anos que insiste em se manter de pé, conseguiu eliminar o ódio do coração. Pelo contrário, pois entre os mais religiosos é que encontramos demonstrações do mais sádico ódio.
Pois a consagração deste ódio se deu ontem, com a prisão injusta de um homem que só fez bem à humanidade. Uma prisão injusta, sem motivo comprovado, que só pode ser justificado pelo ódio. Um homem inocente, honesto e altruísta, preso pelo ódio.
O que ele fez para receber tantas manifestações de ódio? Acredite, certamente foi seu altruísmo, que incomoda os gananciosos, virando o gatilho para este ódio irracional. É irracional mas tem muito a ver com a preservação da ganancia por parte dos odiosos. Esta gente "de bem" que se acha melhor do que os outros, no direito de ter mais que os outros e que portanto odeia repartir.
Mas como os odiosos não querem ficar conhecidos como tais, inventaram uma lorota para incriminar este bom homem e uma rede intrincada de um monte de engrenagens a serviço do ódio conseguiu jogá-lo em uma prisão para que nunca mais possa cometer a criminosa ousadia de repartir renda e direito para todos os seres humanos.
Hoje é um domingo triste. Para mim, que sou um homem solitário, domingos sempre foram dias normalmente tristes. Mas este é ainda mais. Tem um sabor especialmente amargo. Foi o dia em que um homem honesto e altruísta foi punido por fazer o bem. Foi o dia em que o ódio venceu a sensatez.
Segue a sensatez caminhando cabisbaixa rumo à guilhotina...
Comentários
Postar um comentário